A cada aula me impressiono mais com as invenções culturais do homem em todos os aspectos sociais que estamos inseridos. Nem o amor escapa. Como diria o grande gênio Cazuza, "O nosso amor a gente inventa para se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu". Quantas vezes já pusémos essa frase em prática nos nossos relacionamentos? No auge da relação diz-se eu te amo inúmeras vezes. E vai passando o tempo, a relação esfria e não se sabe mais se o amor existe. Quando acaba, costumamos perceber que na verdade nunca amamos aquele alguém e a próxima relação irá nos mostrar o que é o amor de verdade, até que acabe e assim sucessivamente. Acredito nas paixões que sentimos e confundimos com amor, mas na verdade quem já amou de verdade? Como saber o que sentimos? Quando é ou não amor de verdade? Perguntas sem resposta, talvez porque o amor seja uma invenção humana, onde não deveria ter conceitos pré-definidos e é sentido de forma diferente por cada um de nós. Uma pena termos inventado também o preconceito. Aproveitando o espaço, vou registrar aqui uma invenção minha sobre o amor. Espero que gostem...
HAVIA NECESSIDADE?
Há tempos atrás eu acreditava em amor.
Tinha medo de fantasmas e de solidão.
De solidão ainda tenho
E de fantasmas apenas quando vem com faces demoníacas.
Eu acreditava no futuro.
Escrevia poemas puros.
A maioria deles perdidos na minha ignorância em achá-los,
Hoje em dia,
Estúpidos.
Eu acreditava no ser humano
E realmente queria ser um digno.
Ainda há tempo para isso
Mas às vezes à vontade me falta.
Acreditava em fidelidade.
De carne e de sentimento.
Mas meus impulsos me perseguem
Apesar de haver o sentimento.
Acreditava em anjos que nos seguram pelas mãos.
Os meus estão afastados,
Talvez por minha própria culpa.
Eu acreditava que seria feliz, mas já o era.
Hoje creio que ainda posso ser.
Amanhã quando ler essas linhas, lembrarei de como era e não valorizava.
Se me conheço bem, lágrimas rolaram como rolam agora.
Antigamente as coisas pareciam mais fáceis
E eu acreditava que o ciúme era um mal.
Hoje vejo que ele sou eu e me amaldiçoa.
E me justifica. E me prende.
Havia a necessidade de ser cruel?
De tentar faze-la sentir as minhas dores?
De faze-la dormir sabendo do mal que me causou?
Mas há tempos eu acreditava em amor
E esse amor era feliz ao ver o outro sorrir.
Confiava, libertava.
Porque minhas crenças mudaram tanto?
No fundo sei que dou a ela o amor condicional que ela é capaz de me dar.
Aquele tipo vingativo, opressor, egoísta e orgulhoso.
Quem sabe foi o único que aprendemos?
Talvez seja o único que seres imperfeitos podem sentir,
Mas ainda acho que bicho-papão existe e está preso no armário.
Ou dentro de mim quando me torno um monstro com quem tanto amo
E me faz feliz.
Tanta coisa não vale a pena e ainda as fazemos.
Eu acreditava, quem sabe um dia tenha certezas.
Quem sabe um dia aprenda a amar
E não me envergonhe de noites como essas
Em que o mal partiu da falta que você me faz
Da saudade que senti e da vontade de implorar por você aqui.
Eu acreditava em perdão.
Hoje acredito apenas em desculpas.
Desculpe-me por não saber amar você.
(Alliny Araújo)
HAVIA NECESSIDADE?
Há tempos atrás eu acreditava em amor.
Tinha medo de fantasmas e de solidão.
De solidão ainda tenho
E de fantasmas apenas quando vem com faces demoníacas.
Eu acreditava no futuro.
Escrevia poemas puros.
A maioria deles perdidos na minha ignorância em achá-los,
Hoje em dia,
Estúpidos.
Eu acreditava no ser humano
E realmente queria ser um digno.
Ainda há tempo para isso
Mas às vezes à vontade me falta.
Acreditava em fidelidade.
De carne e de sentimento.
Mas meus impulsos me perseguem
Apesar de haver o sentimento.
Acreditava em anjos que nos seguram pelas mãos.
Os meus estão afastados,
Talvez por minha própria culpa.
Eu acreditava que seria feliz, mas já o era.
Hoje creio que ainda posso ser.
Amanhã quando ler essas linhas, lembrarei de como era e não valorizava.
Se me conheço bem, lágrimas rolaram como rolam agora.
Antigamente as coisas pareciam mais fáceis
E eu acreditava que o ciúme era um mal.
Hoje vejo que ele sou eu e me amaldiçoa.
E me justifica. E me prende.
Havia a necessidade de ser cruel?
De tentar faze-la sentir as minhas dores?
De faze-la dormir sabendo do mal que me causou?
Mas há tempos eu acreditava em amor
E esse amor era feliz ao ver o outro sorrir.
Confiava, libertava.
Porque minhas crenças mudaram tanto?
No fundo sei que dou a ela o amor condicional que ela é capaz de me dar.
Aquele tipo vingativo, opressor, egoísta e orgulhoso.
Quem sabe foi o único que aprendemos?
Talvez seja o único que seres imperfeitos podem sentir,
Mas ainda acho que bicho-papão existe e está preso no armário.
Ou dentro de mim quando me torno um monstro com quem tanto amo
E me faz feliz.
Tanta coisa não vale a pena e ainda as fazemos.
Eu acreditava, quem sabe um dia tenha certezas.
Quem sabe um dia aprenda a amar
E não me envergonhe de noites como essas
Em que o mal partiu da falta que você me faz
Da saudade que senti e da vontade de implorar por você aqui.
Eu acreditava em perdão.
Hoje acredito apenas em desculpas.
Desculpe-me por não saber amar você.
(Alliny Araújo)
2 comentários:
Seu blog ta muito show, to gostando de vc...
Bjos
pena que só vi esse coments agora... =D
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