SENTIDO? RELIGIÃO? DEUS?

Aula 11 - 26.03.07

Continuando a descoberta sobre as invenções culturais humanas, vimos que, o homem molda a sociedade de acordo com suas conveniências e para principalmente se adaptar a um mundo desconhecido, ameaçador e "sem sentido". Ele inventa motivos para atribuir sentido ao que não consegue explicar e assume esses motivos como verdade absoluta. Com o passar do tempo, não pensamos mais nessas invenções como algo "fabricado". Achamos que tudo é natural e que não conseguiríamos viver bem sem essas convenções. Um exemplo bastante discutido em sala de aula foi as religiões. Repugnamos quem não escolhe uma para seguir, ou aqueles que dizem não acreditar no nosso Deus, ou qualquer nomeação que se dê a Ele. Às vezes, repugnamos até mesmo quem não segue a mesma religião que a gente. Consideramos que nós ganharemos os céus e os ateus arderam no fogo do inferno. O mais difícil é fazer os religiosos acreditarem que a religião nada mais é do que uma invenção cultural humana. Na pior das hipóteses, criada para satisfazer um desejo humano de alguém com poderes superiores que possa ajudá-lo num momento de desespero e utilizar dessa criação e fragilidade dos humanos para lucrar financeiramente. Na melhor das hipóteses, criada como fonte de solidariedade, amor ao próximo, espiritualidade desenvolvida, mas mesmo assim uma invenção do homem. Acredito que o mais importante de uma aula dessas é adquirir senso crítico para analisar até que ponto você está sendo manipulado e discernir entre o que realmente vai te ajudar, ou simplesmente te iludir e claro aceitar sempre que a diversidade existe e deve ser respeitada acima de tudo.

A SOCIEDADE SEM DIREITO À INFORMAÇÃO

Quando li o título acima, de uma matéria do observatório da imprensa, logo me interessei, pelo fato de falar sobre como somos manipulados por não ter acesso e direito a alguns tipos de informações essenciais para nossa formação de idéias críticas, políticas e sociais. O texto cita o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, da ONU que diz que:
"Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão; esse direito inclui a liberdade de ter opiniões sem sofrer interferência e de procurar receber e divulgar informações e idéias por qualquer meio de comunicação, sem limite de fronteiras".

Mas não é bem assim que acontece. Na verdade, são omitidos da imprensa desde fatos importantes de serem publicados, até fatos corriqueiros, mas que de alguma forma influenciam na nossa forma de ver o mundo. Um exemplo é o sistema penitenciário, que dificulta o acesso as informações até mesmo para estudiosos renomados da USP. Outro dado importante é sobre a quantidade de furtos, estupros e etc no Rio de Janeiro. Não há como saber um número preciso de ocorrências já que, muitos policias, evitam registrar ocorrências menos sérias, para que seus postos não fiquem visados pelos superiores como postos perigosos. Da mesma forma, em São Paulo, muitos cabos ou sargentos "resolvem" casos sem documentação oficial. Algo importante citado sobre isso são agressões domésticas que poderiam ser resolvidas levando o agressor a tratar sua depressão por exemplo. Talvez isso fizesse com que essa agressão não evoluísse para casos bárbaros que vemos nos noticiários. Desde modo paro para pensar se vivo mesmo numa democracia ou numa ditadura mascarada. Mas ainda acredito na segunda opção.