18 de maio de 2007

MOFOCA

10.05.07
Hoje participamos da MOFOCA (mostra de fotonovela cantada). Nada mais é do que uma apresentação dos alunos do primerio período sobre a fotonovela entregue ao professor André. Gostei da iniciativa em si, mas acho que a bagunça extrapolou o combinado. Enfim, alguns alunos aproveitaram para ferir as suas inimizades com bolas imensas de papéis. E também os erros técnicos cortaram a nossa querida Samara do meu trabalho, além de cortar alguns balões com as falas. Fora isso, foi legal participar da zona em si e melhor ainda foi fazer o trabalho e tê-lo em mãos. Gratificante ver um trabalho seu pronto e tão bem feito como foi o nosso, que nos rendeu um belo almoço na casa do Ed, belas horas de frente o pc mexendo no photoshop, belos reais do nosso bolso e muitaaaaaaaaaaaaaa dor de cabeça. Mas mesmo assim valeu demais...esperamos que o vídeo possa ficar tão bom.


14 de maio de 2007

SOU GAY SIM, ISSO IMPORTA?


Aula 22 - 07.05.07
Bom, a essência da aula de hoje foi um debate sobre indústria cultural e cultura de massa. A sala foi dividida em dois grupos, cada qual defenderia uma teoria e seriam atribuídos pontos para os que melhor argumentassem. Eu defenderia a indústria cultural, que como já disse, concordo com os argumentos por eles fornecidos para essa tese. Mas, perguntando aos meus colegas sobre o debate, que infelizmente não tinha cabeça para participar, me disseram que discutiram sobre argumentos para indústria cultural, mas depois o André inverteu os grupos, portanto, o grupo em que eu estaria falou sobre cultura de massa. Uma pena minha mente estar confusa e triste. Gosto muito de todas as aulas de Fundamentos Científicos da Comunicação, mas o fato de ter perdido o emprego, com parcelas da universidade atrasadas e isso pondo em risco o curso que amo tanto, me deixaram profundamente triste. Mais triste ainda o motivo da minha demissão. Desculpe a parte acadêmica do blog, mas o usarei para desabafar mais uma vez. Creio que meu chefe é homofóbico, pois me demitiu simplesmente porque namoro uma menina. Porque não o processo? Primeiro porque ele tem negócios com gado, que nesta terra do esterco são altamente viáveis e influenciáveis. Conhece todas as pessoas importantes dessa cidadezinha monopolizada e ruralista. Além de ser advogado e ter feito tudo debaixo dos panos. Seria a palavra de uma humilde estudante, contra a de um ricaço conhecido e respeitado. O que me cansa é reconhecer o quanto ainda temos que amadurecer em termos sociais. Será que terei que me esconder como os marginais para conseguir manter um emprego e me formar? Uma pena os homossexuais ainda serem tão reprimidos e medrosos, porque se todos resolvessem se rebelar, a sociedade teria que nos respeitar, nem que fosse na marra. Estimativa feita ano passado, em julho, época da parada gay da cidade, haveriam 45 mil homossexuais em Uberaba. Para uma cidade com menos de 300 mil habitantes é um número significativo. Porque então ainda temos que fingir que amamos socialmente igual aos outros, apenas para não sermos reprimidos? Deveríamos nos unir, não apenas nas festas, mas quanto a criar protestos, projetos, passeatas e o escambau para que essa sociedade hipócrita perceba que somos profissionais competentes, pessoas de caráter, dignas e principalmente, sinceras com nossos sentimentos. Não te peço aceitação, eu não preciso dela. Apenas te peço respeito, para que eu possa te respeitar também.





A REVISTA QUE SE PERDEU

Matéria do observatório que fala sobre o auge e a degradação de uma das maiores revistas do país: a Veja. A princípio, privilegiada com entrevistas exclusivas, repleta de matérias interessantíssimas, calcada em fatos concretos e de interesse público, era o modelo de empresa e imprensa. Informações apuradas com rigor, textos escritos cuidadosamente e pautas escritas brilhantemente, davam a Veja o respeito de milhares de leitores e jornalistas. Porque será que então se deixou desmoronar? Talvez por não seguir mais os requisitos que a tornaram tão conhecida e respeitada. Por permitir a distorção de algumas matérias, não ter mais o cuidado com os textos, deixando que nos mesmos contenham grosserias. Hoje em dia, temos leitores de Veja desconfiados de seu conteúdo. Infelizmente, o que vemos é um grande tombo daquela que poderia ser ícone nacional. É uma pena, mas daqui um tempo os olhos se fecharam para aquela que tentava fazer com que as pessoas "Veja".

9 de maio de 2007

COCA COLA COMPANY - DELÍCIA OU DESASTRE?


Aula 21 - 05.05.2007
Assistimos a um documentário que detalha a trajetória da companhia mais popular mundialmente e a segunda mais cara, perdendo apenas para o Google. Criada para ser um elixir contra dor de cabeça e ressaca, a coca cola caiu no gosto das pessoas, sendo então projetada não para os doentes, mas para pessoas saudáveis, passando a ser um refresco. Antes utlizava-se a cocaína em sua fabricação. Hoje em dia, os fabricantes juram que
apenas utlizam a folha de coca sem a cocaína, mas esse fator apenas contribui para uma dose extra de proibido e sedução em volta do refresco. Utilizando de mulheres elegantes e bonitas nas suas propagandas feitas a mão na época, a coca atraia tanto as consumidoras por querem ser o que a personagem da figura era e os consumidores por quererem "consumir" a moça da imagem. Já lucrando muito, vendendo muito e atingindo marcas impressionantes, a coca passou a ter vários concorrentes que colocaram em seus produtos nomes semelhantes. Para driblar a concorrência e não permitir que seu público confundisse os produtos, a coca inventou a garrafa de vidro com o slogan já inserido, permitindo que fosse reconhecida até no escuro, pelo nome em alto relevo. Além desse diferencial, a garrafa ainda tinha curvas como o corpo e o vestido da garota propaganda. Com o tempo e cada vez mais admiradores, a cia investia cada vez mais em propaganda e com isso aumentava os lucros. Com a chegada da pepsi ao mercado, houve uma disputa assumida pela pepsi, mas negada pela coca, entre dois refrigerantes com sabores bem parecidos, mas um público bem diversificado. A pepsi percebeu que a coca era um refrigerante de classe média alta e com isso tentou atingir as classes mais inferiorizadas, como as periferias. Tanto que um dos comerciais mais famosos da época foi feito pela pepsi com o astro Michael Jackson, cantando com meninos de periferia. Logo depois veio a criação do slogan "Geração Pepsi", que atraiu a atenção para o produto, querendo mostrar uma geração feliz e de bem com a vida pelo fato de beber o refresco. Em contra partida, a coca faz um comercial exaltando o produto como se fosse um deus, ou uma religião. Essa briga permanece até hoje, com comericais altamente caros e criativos, visando lucros cada vez mais altos para ambas as companhias. Achei interessante o depoimento da psicologa contando o caso de uma paciente que disse a ela uma vez que sofria por não pertencer a geração pepsi. Fiquei pensando em como esses comercias podem atingir a vida das pessoas em várias áreas, criando utopias em volta do que deveria ser apenas um refrigerante. Há colecionadores fanáticos pela coca-cola, que impressionam com seus vários produtos que contém a marca da mesma.


Até o papai noel, da forma como pensamos hoje é fruto de um comercial da coca. Antes disso, era conhecido como São Nicolau e era magro, com feições rígidas e usava verde, amarelo e eventualmente vermelho. Daí surgiu a idéia de fazer um papai noel gordo, com bochechas rosadas, usando roupas que imprimiam claramente as cores do refrigerante. Isso se firmou tanto, que hoje em dia quase ninguém conhece essa história e acha que o papai noel foi sempre assim e é uma coisa natural e não fabricada.



Enfim, o documentário nos mostra o poder da propaganda na venda de produtos e na introdução das imagens na vida das pessoas que passam a comprar não o produto em si, mas a imagem que ele representa.

CULTURA DE MASSA E INDÚSTRIA CULTURAL

Aula 20 - 04.05.07

Falamos a respeito de dois temas polêmicos. O primeiro deles, cultura de massa. Existe uma corrente de pensamento que acredita nesse tipo de cultura, que foi criada quando houve a urbanização das cidades, no século 20. É própria da era moderna, da industrialização e é mediatizada, pois se prolifera através dos meios de comunicação. Ex: O cd. Quem acredita nessa teoria, acha que os meios de comuncação são as melhores coisas que acontecera, pois temos acessos a informações que não teríamos se não existissem, ele democratiza o conhecimento. Nós seríamos mais cultos por causa disso. Essa cultura de massa, tenta fazer uma cultura que qualquer pessoa entenda. Há teóricos que pensam em cultura erudita e popular. A popular é a do povão, do dia-a-dia, que qualquer um faz. A erudita não fala sobre problemas cotidianos, expressa de forma complexa o que há de essencial em nossa alma, na existência humana, exprime o que há de mais sofisticado na sociedade da época. No intermediário fica a cultura de massa que contém elementos das duas culturas.
Já na década de 40, tiveram outra interpretação sobre os meios de cominicação, a qual eu apoio incondicionalmente. Os fundadores da Escola de Frankfurt, T Adorno e M. Horkeimer escreveram um livro que se chama Dialética do Esclarecimento, falando sobre o assunto. Eles acham o oposto da cultura de massa. Acreditam que os meios de comunicação nos tornam burros, animais. Simplificam muito de forma que a cultura vire um produto, a chamada indústria cultural. Vira uma construção em série de produtos culturais que não favorecem a emancipação do homem e nos torna passivos consumidores, robos. Deixamos de ser humanos para nos tornarmos máquinas. A cultura desumaniza as pessoas, tira nossa autonomia e criatividade. Eles também acreditam que ser arte não teríamos vocabulário para explicar quem somos. Quando a cultura de massa deturpa a cultura, tira o que há de mais valioso em nós, a arte como linguagem. Ficamos cada vez mais imersos e se perverte a cultura.

MULHER NA POLÍTICA

Matéria do observatório, faz-nos pensar na real importância de ter políticos de saias e o peso que isso ainda tem na hora de votar e ser votado. Será que o fato de ser mulher interefere na hora de escolher um candidato? Será que Heloísa Helena não teria melhores condições de governar o país, mesmo sendo julgada por muitos como porra louca? Nós mulheres nos desdobramos. Somos amigas, amantes, profissionais, donas de casa, mães e ainda assumimos cargos políticos com eficiência, muitas vezes maiores que a dos homens, com mais sensibilidade na hora de governar. Porque então não temos a confiança necessária dos eleitores para sermos presidentes ou termos maior participação nos senados, câmaras e etc? Será que é porque ainda vivemos numa sociedade machista que acha que as mulheres não passam de bundas e decotes rebolantes na t.v.? Será que uma minoria, que não se valoriza, denigri a imagem de todas? Será que é porque os homens ainda se acham extremamente necessários, tanto política como sexualmente, abordando lésbicas na rua como se elas precisassem deles para satisfação plena? Desculpem meus caros machos de plantão. Infelizmente existem mulheres que ainda não sabem do poder que tem, mas o que vocês não entendem ainda é que não estamos fáceis, apenas aprendemos a fazer sexo sem compromisso como vocês. Imagino que deve ser difícil para vocês aceitarem que não precisamos mais do seu dinheiro para viver bem, e muitas vezes nem dos seus membros sexuais para sermos felizes no sexo. Estamos bem resolvidas, independentes. Nem para filhos precisamos de vocês. Quantas fazem inseminação artificial e criam seus filhos sozinhas? O que resta é ejacular num potinho e deixar no banco de sêmen para ser escolhido ou não. Espero que vocês assumam pelo menos a igualdade que existe entre os sexos, para não dizer a inferioridade de vocês e assim votem nas mulheres para quem sabe, todos termos uma sociedade melhor, livre de preconceitos masculinos, arrogâncias masculinas, capitalismos masculinos e com certeza um congresso mais bonito, bem decorado, cheiroso e sem urina pelos chãos dos banheiros.

4 de maio de 2007

SURPLUS


Aula 19 - 30.04.07
Hoje a aula foi no anfiteatro do bloco C. Assistimos a um documentário chamado Surplus. O vídeo se inicia com cenas chocantes de destruição de lojas famosas e caras. Ex: Mc Donalds. Muita gente ferida lutando contra o consumismo mundial e a favor da igualdade social entre os povos, enquanto Bush defende em seus discursos o consumo excessivo. Um escritor, John Zerzan (não sei se é assim que se escreve o sobrenome dele, mas valeu a tentativa),diz que o consumismo não traz plena satisfação e para mudarmos o mundo de hoje, deveríamos praticamente voltar a idade da pedra, onde não necessitávamos do excesso de bens materiais e vivíamos em harmonia com a natureza. Acredita que protestos passivos seriam os ideias, mas não funcionam na prática. É preciso derramar sangue para ser ouvido. Considera o trabalho uma violência e talvez por isso não trabalhe e tenha sua renda gerada em torno de doações de sangue e do que ganha com elas. Em contrapartida com as idéias dele, o vídeo mostra a alienação de trabalhadores de um país subdesenvolvido, que trabalham em condições precárias para exportar matéria prima para os países desenvolvidos. Steve, funcionário da Microsoft, dá palestras para os demais funcionários sobre motivação e os faz acreditar que o caminho do sucesso é o desenvolvimento desmedido. Bill Gates afirma que a tecnologia aproxima as pessoas, mas na verdade sabemos que ela nos afasta de envolvimentos humanos, restringindo as relações pelo computador, celular e etc. Continuando a seqüência de imagens chocantes, o vídeo mostrou uma fábrica de bonecas sexuais feitas de silicone e que chegam a custar 7 mil dólares. Cabe a nós pensar em quantas famílias seriam alimentadas com esse dinheiro, para enxergar o absurdo consumista de quem chega a comprar uma boneca dessas. Carros de luxo são mostrados em contra partida ao socialismo de Fidel Castro, com pessoas vestindo roupas iguais e defendendo o consumo apenas necessário. Depois foi mostrado uma entrevista com uma cidadã cubana que foi para Europa e dizia do seu encantamento com as propagandas, proibidas em seu país, os fast-foods, e disse que comeu sem parar. Como eu não acredito em extremismo, creio que o ideal seria o equilíbrio. Se todas as pessoas tivessem, mais ou menos, uma renda financeira igual, diminuiria vários problemas que temos no mundo, além de aumentar a qualidade de vida e fazer-nos evoluir como nação, mundo e como espécie humana.

A TAL DA PROVA

Aula 18 - 27.04.07
Hoje tivemos a tão sonhada primeira prova da disciplina de Fundamentos Científicos da Comunicação. Passei o dia fazendo a tal da cola. Isso mesmo que vocês acabaram de ler. Fazendo cola OBRIGATÓRIA. Eu bem que não queria fazer, acho que a cola prende o pensamento a folha de papel e para mim só atrapalha, mas como era obrigatória, tive que fazer. Enfim, tirei 15 e isso é o que importa. Como que eu sei a nota? Não sou vidente não, apenas estou postando depois de receber a prova. (risos). No mais deu tudo certo, minha nota foi perfect e que venham mais provas fáceis assim.

ESCRAVOS DE JÓ

Aula 17 - 23.04.07
Super interessante a forma que o professor André encontrou para nos mostrar a importância do trabalho em equipe e de ouvir uns aos outros para que possamos crescer e nos aprimorar juntos. Fez com que a sala formasse um círculo, eu me ofereci para distribuir caixinhas de fósforo para cada um dos alunos e feito isso nos ensinou a brincar de escravos de jó. Confesso que num primeiro momento achei que não iríamos conseguir. Primeiro por sermos uma turma com mais de 60 alunos e segundo por saber que é difícil nos organizarmos, principalmente no que diz respeito as aulas. Mas por fim, depois de muitas tentativas, alguns gritos desesperado de alguns alunos (inclusive meu) e observação de todos, conseguimos fazer tudo, sem errar. Foi gratificante que se quisermos realmente podemos fazer qualquer coisa. Desde uma simples brincadeira de criança, a trabalhos grandes. Depois disso, cada um disse o que tinha aprendido com o trabalho. Pena que para muitos não passou de teoria, já que a promessa de melhorar nas aulas não foi seguida ainda. Por fim tentamos eleger o representante de sala, no qual eu me candidatei, mas a falta de tempo não permitiu que fosse concluída. Enfim, espero que o escolhido (EU),ahauhauhauha, consiga ouvir a sala de um modo sensato e tantar por em prática todas as necessidades e melhorias necessárias para um curso cada vez melhor.

OS "DEZ MAIS" DA DESGRAÇA E DAS GUERRAS


Interessante a matéria do observatório da imprensa que relata o fato de duas organizações, a ONU e a MSF (médicos sem fronteira), divulgarem todos os anos um relatório que listam os "dez mais" da desgraça mundial e que são praticamente ignorados pela imprensa em geral.O fato de não ser ou precariamente divulgado, esse relatório, tira o conhecimento de boa parcela da popolução sobre vários conflitos além do Oriente Mádio e do Afeganistão que com essa negligência sobre a informação, permanceram esquecidos. A matéria ainda relata o levantamento feito a tempos atrás pelo jornalista Argemiro Ferreira, que constatou a hierarquia das notícias sobre a guerra do Vietnã. Para cada matéria sobre um soldado norte-americano morto, era preciso 30 mortes de vietnamitas para se obter uma matéria de mesmo nível. Isso demonstra claramente a intenção subliminar da imprensa em dizer que os americanos são, em média, 30 vezes superiores aos vietnamitas. Interessante constatar o poder dos Estados Unidos na mídia mundial, atraindo-a para onde considerar importante divulgar e de que forma pretenda fazer. Exemplo da Guerra no Iraque, que mobilizou noticiários do mundo inteiro. Várias outras guerras, segundo o relatório citado primeiramente nesta postagem, são mais sangrentas e violentas que está e nem por isso são divulgadas. Ex: A República Centro-Africana sofre a 47 anos com o domínio da França que utiliza de extrema violência, ataque a vilas, saque e a queimada das mesmas, obrigando assim milhares de pessoas a saírem do seu país. Além deste exemplo, a matéria cita vários outros para demonstrar com clareza a preferência de certos jornalistas e empresas de mídia por certas matérias que lhes convém. Onde entra a ética nesses casos?

PENA AINDA ESTARMOS IMERSOS

Aula 16 - 20.04.07
Começo de aula, nos falou sobre o que já vimos e fizemos. Começou a explicar a diferença de cultura de massa e indústria cultural e antes de iniciar a aula nos disse que seria a aula chave para abrir ps textos de ideologia, trabalho e alienação que caíram na temível prova.
Explicando a objetivação, o ser humano se encontra em três estágios de compreensão e vivência de mundo. O primeiro deles é a imersão, de onde infelizmente muitos não saem. Nesse estágio você não pensa sobre o que faz, não constrói nada de novo, não manifesta humanidade e vive na rotina do mundo em que está inserido. Quando você sai desse estágio prático, passa para a emersão, onde reflete sobre a prática, sai do mundo para enxergá-lo e esse estágio fica entre o real e o abstrato e só acontece no pensamento. O último, ideal e quase nunca alcançável estágio é o da inserção. Você passa a atuar no mundo, transformá-lo, junta a teoria e a prática. Me considero já no segundo estágio, mas confesso que ainda não vi meios para passar para o terceiro, que a cada dia fica mais difícil de alcançar, tendo em vista o comodismo das outras pessoas e a necessidade de comunidades para ter sua voz ativa. Seria mais fácil conseguir mudanças se nos unissemos na inserção e não ficassemos imersos num mundo ideológico, alienado e controlador.
Nessa mesma aula vimos a dialética. Ela não tem fim, pois a síntese se transforma em tese ou em antítese e depois vira uma síntese novamente e assim por diante. Todas as coisas são contraditórias.O raciocínio está em constante movimento e é estruturado numa tese. Toda idéia tem seu contrário e é estruturada nele. As duas idéias formam uma consistência. Só entendemos as coisas quando fazemos o contraste. A antítese, contrário da tese, vira síntese. Para raciocinar existem ferramentas que não são aleatórias. Ao fazer coisas sem pensarmos, nos desumanizamos e as forças que tiram nossa humanidade, nos transformam em animais ou máquinas. O ser humano não é um projeto acabado. Felizmente estamos em constante construção, porque assim, quem sabe um dia evoluímos e passamos a nos inserir no mundo e os já inseridos não desumanizem mais o restante.

IDEOLOGIA, EU QUERO UMA PARA VIVER

Aula 15 - 16.04.07
Antes de começar o conteúdo propriamente dito, o professor André nos indicou alguns sites, explicou que teríamos que acrestar algumas coisas nos nossos blogs e avisou a data de sua temida prova.
Existem interpretações complexas e interessantes sobre ideologia. Marx estudou muito sobre assunto e dizia que ideologia é uma força mental organizada para esconder a verdade e mente o máximo possível para chegar a esse propósito. Ex: O professor que disfarça o poder sobre o aluno. Existem várias soluções para o país, mais o líder nos convence que a única que lhe convém é a única possível. O salário não pode aumentar, senão quebra a previdência. Esses são exemplos de ideologias implantadas na nossa mente, as quais achamos que é assim mesmo e concordamos com elas. Através da ideologia, as pessoas nos controlam. Fazem com que acreditemos que coisas ruins, são boas. Há também discursos que entram na nossa mente como se fosse discurso nosso. Acredito que cazuza, com a frase que deu origem ao meu título, queria ironizar o fato de necessitarmos de ideologias para viver.
OBS: Estou extremamente apaixonada pelas aulas e saio delas com o espírito cada vez mais revoltado, principalmente quando escuto da boca de colegas, que estão presenciando as mesmas aulas que eu, que é utopia, ou assim mesmo. Enquanto nós, os jovens, não sairmos da nossa cômoda vida, o mundo realmente continuará sendo assim mesmo.

FILHOS - TÊ-LOS OU NÃO TÊ-LOS?

Ao invés de postar uma matéria e uma reflexão sobre o observatário da imprensa, quis me resevar o direito de falar sobre o nascimento da viagem mais alucinante do nosso querido professor André Azevedo. Sua primogênita veio ao mundo, recheando de brilhos os olhos do nosso teacher e creio que o enchendo de esperanças com a humanidade. Essa postagem não será excluisvamente para dar parabéns e assim puxar o seu saco. Gostaria de refletir sobre um assunto que me causa bastante preocupação, a adoção e o futuro do planeta Terra. É fato que estamos a beira do caos, como vemos todos os dias no noticiário. Violência, drogas, desigualdade social, aquecimento global. São tantos os motivos para se pensar duas vezes antes de por uma coisinha fofa como essa da foto acima, nesse mundo de cão em que estamos vivendo e infelizmente tende só a piorar. Nada contra quem opta por fortalecer os laços familiares, deixar um herdeiro ou apenas não tem televisão em casa e para passar o tempo pratica a técnica de gerar bebês e sem precaução, os gera de fato. Apenas defendo a tese que já existem milhares de criança no mundo, em orfanatos, que não tem mais o direito de não viver no caos. Elas já foram geradas, abandonadas e daqui 50 anos estaram sobrevivendo em condições que ainda não sabemos. Porque não então dar o nosso amor aos que já vão sofrer de alguma forma, ao invés de ficarmos presos as convenções sociais familiares e querermos a todo custo gerar um bebê que tenha o nosso DNA? Amor torna uma criança adotada tão sua quanto aquela que você iria gerar. Mais do que um ato solidário, a adoção nos dias de hoje é uma forma de cuidar da espécie humana até que os homens acordem para a realidade em que estamos vivendo e consigam tornar o mundo melhor para os filhos, netos e assim por diante. Aí sim poderemos novamente adquirir o hábito de apenas gerar crianças novas e não cuidar das que já existem. A esperança num mundo mais justo ainda insiste em permanecer em mim. Talvez um dia possamos ter homossexuais com seus filhos amados, mesmo que adotados. Lésbicas e casais inférteis que pagam fortunas por uma inseminação artificial, trocando essa técnica pela adoção. Casais férteis que reconheça a importância do que digo acima e o mais importante de tudo, a falta de preconceito quanto aos pais que iram adotar e as crianças que serão adotadas.

TELE CONFERÊNCIA

Aula 14 - 09.04.07
Hoje não tivemos aula na sala. Fomos até o anfiteatro do bloco C para assistir a uma tele conferência, que dentre outros assuntos, citou os blogs como meio de aprendizado, interação em equipe e informação. Um dos conferentes, polêmico por sinal, afirmou que 99% dos materias encontrados nos blogs são inúteis, para não dizer coisa pior. Em parte, concordo com a afirmação, por também considerar a falta de critério de muitas pessoas ao fazerem blogs de cultura inútil ou de não tomarem os devidos cuidados quanto a escrita do mesmo. Muitos apresentam erros de português gravíssimos. Acredito que a tele conferência poderia ter sido melhor aproveitada se não houvesse tanta conversa ou o som tivesse em melhor qualidade. Foi cansativa, de conteúdo chato, principalmente pela falta de entendimento do mesmo. A informação sempre chegava aos meus ouvidos picada. Deveria, talvez, tê-la passado para uma sala de cada vez e não para a quantidade de pessoas que estavam no anfiteatro.

3 de maio de 2007

EMPREGO, T.V., ALIENAÇÃO


Aula 13 - 02.04.07
Segundo o professor André, nós seres humanos damos sentido ao mundo de acordo com as nossas referências. Não existe nada natural no mundo humano, mas existem pessoas que nos convecem da naturalidade das coisas. Um exemplo é a jornada de trabalho dita necessária. Paul Lafarge, no seu livro Direito a Preguiça, diz, no século 19, que não era necessário trabalharmos mais de 3 horas diárias para se viver bem e produzir. As máquinas, já naquela época, davam conta do resto. Na verdade, a jornada extensa de trabalho causa desemprego, que é necessário para diminuir o salário, levando em conta a falta de opção do trabalhador. Trabalhamos para enriquecer os patrões, segundo a mais valia, que diz que produzimos 100%, ficamos com 1% de lucro e entregamos o resto nas mãos dos nossos chefes e ainda achamos que eles que estão nos pagando e não o oposto. Ainda no século 19, a jornada de trabalho era de 12 horas diárias. Em 1935, mudou para 8 horas, mas em 2007, o que vemos são empregos de 6 horas, que pagam mal, obrigando o trabalhador a arrumar outro emprego de mais 6 horas para complementar a renda familiar. A palavra trabalho deveria significar transformação da própria cultura, reinvenção do mundo, criação, criatividade, humanização, mas se degradou na reforma industrial e virou o conceito que temos de emprego. Marx percebeu que existe uma organização social que não enxergamos, apenas quando abstraímos. Coisas estão diluídas na sociedade. A televisão é uma dessas organizações que nos ilude sobre sua gratuidade. Pagamos caro até pelo programa que não vemos. A propaganda que passa na t.v., inclusive a eleitoral, dá para a televisão parte do dinheiro que recebe, como no caso dos programas eleitorais, a insenção de parte dos impostos. Imprensa em geral é financiada por propaganda. Também não conseguimos enxergar formas invisíveis de roubo. Por exemplo, os políticos prganizam leis para roubar legalmente. Na sociedade existem leis de atribuição de sentido. Ivan Ilite diz que a melhor coisa que aconteceria para a escola seria a destruição da mesma. Ele acredita que as escolas inventam necessidades artificiais para sobreviver socialmente. Considera a escola uma tragédia. A melhor maneira de interpretar o mundo é participar dele, para não sermos simples cópias e percebermos que a maneira mais eficaz de dominar as pessoas é pelo convencimento. Não deveríamos deixar nossa liberdade de intervir no mundo presa a paradigmas já criados. Paulo Freire diz que o mundo não é, está sendo. Não há uma verdade absoluta, mas há disputas para interpretar o mundo por interesses. Há 3 mecanismos de atribuir sentido para o mundo.
Ícone: Signo que guarda alguma semelhança com a coisa. Ex: Fotografia, estátua, caricatura
Índice: Signo que tem relação de causa e efeito com a coisa. Ex: A pegada
Símbolo: Signo arbitrário. Para funcionar é necessário uma convenção social: cadeira, nome próprio.

1 de maio de 2007

O rei não leu e não gostou... o.0


Engraçado como ainda temos que abrir os jornais e nos deparar com absurdos como esses cometido pelo nosso querido rei Roberto Carlos. Entrar na justiça contra um escritor e pesquisador que gastou um tempo precioso de sua vida para escrever a biografia dele e não satisfeito, tirar os livros, já postos no mercado, de circulação e tentar recuperar os que já haviam sido vendidos. Vivemos numa era de ditadura maquiada e ainda somos coniventes com essa situação. Nossa justiça dá ganho de causa para o rei, sem o mesmo ter nem sequer lido o livro e declarado isso em coletiva a imprensa. O mesmo homem que um dia criticou e foi contra a censura, hoje a utiliza como meio de evitar que seu público leia 5% de um livro que ele não gostou. As perguntas que ficam no ar são: Será que a justiça não teria casos mais importantes para julgar? Será que não levaram em conta a censura explícita nessa atitude? Será que o rei tem o direito de tirar do público que tanto lhe sustentou a oportunidade de ter um livro desses em mãos? Será que os brasileiros ainda precisam de monarcas fantasiados, como a rainha dos baixinhos, o rei do brega, o rei do futebol ou o dito rei Roberto Carlos? Se eu fosse o escritor, me lamentaria muito de ter desperdiçado meu tempo com alguém arrogante, presunçoso e incoveniente, que simplesmente não sabe respeitar seu próprio meio de sobrevivência: a mídia.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA...

Aula 12 - 30.03.07
A cada aula me impressiono mais com as invenções culturais do homem em todos os aspectos sociais que estamos inseridos. Nem o amor escapa. Como diria o grande gênio Cazuza, "O nosso amor a gente inventa para se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu". Quantas vezes já pusémos essa frase em prática nos nossos relacionamentos? No auge da relação diz-se eu te amo inúmeras vezes. E vai passando o tempo, a relação esfria e não se sabe mais se o amor existe. Quando acaba, costumamos perceber que na verdade nunca amamos aquele alguém e a próxima relação irá nos mostrar o que é o amor de verdade, até que acabe e assim sucessivamente. Acredito nas paixões que sentimos e confundimos com amor, mas na verdade quem já amou de verdade? Como saber o que sentimos? Quando é ou não amor de verdade? Perguntas sem resposta, talvez porque o amor seja uma invenção humana, onde não deveria ter conceitos pré-definidos e é sentido de forma diferente por cada um de nós. Uma pena termos inventado também o preconceito. Aproveitando o espaço, vou registrar aqui uma invenção minha sobre o amor. Espero que gostem...

HAVIA NECESSIDADE?

Há tempos atrás eu acreditava em amor.
Tinha medo de fantasmas e de solidão.
De solidão ainda tenho
E de fantasmas apenas quando vem com faces demoníacas.
Eu acreditava no futuro.
Escrevia poemas puros.
A maioria deles perdidos na minha ignorância em achá-los,
Hoje em dia,
Estúpidos.
Eu acreditava no ser humano
E realmente queria ser um digno.
Ainda há tempo para isso
Mas às vezes à vontade me falta.
Acreditava em fidelidade.
De carne e de sentimento.
Mas meus impulsos me perseguem
Apesar de haver o sentimento.
Acreditava em anjos que nos seguram pelas mãos.
Os meus estão afastados,
Talvez por minha própria culpa.
Eu acreditava que seria feliz, mas já o era.
Hoje creio que ainda posso ser.
Amanhã quando ler essas linhas, lembrarei de como era e não valorizava.
Se me conheço bem, lágrimas rolaram como rolam agora.
Antigamente as coisas pareciam mais fáceis
E eu acreditava que o ciúme era um mal.
Hoje vejo que ele sou eu e me amaldiçoa.
E me justifica. E me prende.
Havia a necessidade de ser cruel?
De tentar faze-la sentir as minhas dores?
De faze-la dormir sabendo do mal que me causou?
Mas há tempos eu acreditava em amor
E esse amor era feliz ao ver o outro sorrir.
Confiava, libertava.
Porque minhas crenças mudaram tanto?
No fundo sei que dou a ela o amor condicional que ela é capaz de me dar.
Aquele tipo vingativo, opressor, egoísta e orgulhoso.
Quem sabe foi o único que aprendemos?
Talvez seja o único que seres imperfeitos podem sentir,
Mas ainda acho que bicho-papão existe e está preso no armário.
Ou dentro de mim quando me torno um monstro com quem tanto amo
E me faz feliz.
Tanta coisa não vale a pena e ainda as fazemos.
Eu acreditava, quem sabe um dia tenha certezas.
Quem sabe um dia aprenda a amar
E não me envergonhe de noites como essas
Em que o mal partiu da falta que você me faz
Da saudade que senti e da vontade de implorar por você aqui.
Eu acreditava em perdão.
Hoje acredito apenas em desculpas.
Desculpe-me por não saber amar você.


(Alliny Araújo)