27 de março de 2007

ASSESSORIA DE IMPRENSA: UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO



Lendo o observatório, me deparei com o inconformismo de Marcelo Salles ao se sentir diminuído como jornalista por não trabalhar em um veículo de informação que atende a grande massa. Os assessores de impresa distinguem diretamente os veículos a que interessa ou não a seu assessorado. Só que com isso, além de censurarem indiretamente os leitores de mídias alternativas, ainda impedem o profissional independente de trabalhar, ter acesso a informação e coagem a liberdade de imprensa do mesmo. Isso nos mostra claramente a tentativa de persuassão através dos grandes veículos informativos, que muitas vezes, pretendem usar o leitor como meio de expandir um pensamento único e de preferência ignorante referente a vários assuntos. Os assessores nada mais fazem que contribuir para que isso ocorra, tirando dos jornalistas independentes e muitas vezes mais conscientes, o direito de informar seus leitores. O desinteresse e o fechamento dessas portas através dos assessores de imprensa cria, até mesmo dentre os jornalistas, um sentimento de conformismo com a situação. Muitos deles já se acostumaram a não terem as mesmas oportunidades que seus colegas em empresas que abragem as massas. Marcelo defende o protesto público e a ética de seus colegas jornalistas que, muitas vezes não entendem que certos assessores apenas lhe sorriem porque trabalham em determinada empresa, caso contrário teriam os mesmos problemas dos outros menos favorecidos por esses fatores que não deveriam ser pertinentes na hora de passar uma informação. Também vejo como ele o fato de os pequenos serem os que se impenham para gerar consciência crítica na massa e levar a ela outro lado da informação, muitas vezes censuradas por conveniência na mídia de maior alcance público. Termino concordando com ele, sobre ser lamentável a categoria não ter um Conselho para denunciarmos esses abusos cometidos pelos assessores de imprensa.

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