11 de abril de 2013

Vantagens de um total flex



Venho por meio desta, dizer a quem possa interessar, que nós, os bissexuais assumidos, queremos e merecemos respeito! Somos chamados de confusos, promíscuos, indecisos. Recusados pelos heteros e pelos gays por não *descer do muro*. Principalmente pelos gays que não admitem a possibilidade do livre trânsito entre a heterossexualidade e a homossexualidade, entendendo a bissexualidade como falta de personalidade ou de coragem para enfrentar a sociedade assumindo uma postura pura e simplesmente gay.
Ainda somos vistos com maus olhos e vítimas de preconceito por quase toda a sociedade, inclusive aquela que clama por direitos a livre escolha sexual. Mas por quê? Entendam de uma vez por todas que amamos as pessoas, suas almas e não apenas um genital imposto pela biologia ou uma bandeira a ser carregada e defendida. Que confusão há nisso? Somos a evolução, assim como os melhores carros rodam no álcool (masculino) e na gasolina (feminino).
Aceitamos e vivemos a diversidade na sua forma mais pura e da forma mais plena possível. Porque temos que aceitar um rótulo e tomar uma decisão sem direito a mudanças? Isso não quer dizer que vivemos como num ménage, necessitando de homens e mulheres ao mesmo tempo para saciar nossos impulsos sexuais. Temos nossas fases gay, outras mais hetero, algumas bi ao extremo. O que também não significa instabilidade.
Óbvio que essa sexualidade variada complica relacionamentos duradouros, já que gostamos tanto da pegada do homem, como da delicadeza da mulher. Um preenche o outro, mas nada impede que encontremos alguém que sintetize as qualidades que buscamos em ambos. A essência é entender que cada ser humano pretende ser feliz da forma que lhe for conveniente e paga suas contas, portanto tem o direito de fazer da própria vida e deitar na própria cama com quem tiver afim no momento.
Chega de rótulos. Não somos embalagens, somos seres humanos, complexos, cheios de sentimentos. E como diria Lulu Santos, consideramos justa toda forma de amor. Ou pelo menos deveríamos considerar.

Alliny Araújo – Jornalista
@Dependy