20 de agosto de 2013
Meios de Comunicação ou Informe Publicitário
Tem surgido uns "meios de comunicação" em Uberaba que deveriam ser chamados de informe publicitário, para fazer jus ao que são de verdade. É um monte de propaganda jogada nas páginas como se fossem notícias importantes, informativas, essenciais para os leitores. É tanto abuso por parte desses "jornais" e "revistas" que eles são capazes de marcar uma entrevista, para depois te falar o preço que você deve pagar para ela ser veiculada. Como assim produção? Onde está o discernimento? Cadê a ética jornalística? Ou será que tudo que aprendi em 4 anos e meio de faculdade não passou de balela?
No mercado, vale qualquer coisa pelo dinheiro? Eu me recuso a acreditar que sim. Quando fiz jornalismo já sabia que ia ser complicado ganhar rios de dinheiro, principalmente num curto espaço de tempo. Fiz porque eu amo, porque acredito no poder da mídia de construir pensamentos, de formar opiniões, de conscientizar as pessoas, não para ficar rica ou ganhar qualquer moeda em troca de propagandas nojentas sendo enfiadas goela a baixo dos leitores, mascaradas de matérias jornalísticas.
Fico triste quando vejo a profissão que escolhi para minha vida ser jogada na lama por gente que sequer sabe e entende o que é ser jornalista em sua essência. Mas, por outro lado, fico feliz de poder ter conseguido meu lugar ao sol em um veículo que prima pela importância da notícia, que não tem o rabo preso com os poderosos dessa cidade e não faz parte dessa corja asquerosa de mimadinhos, mimadinhas, estrelinhas que pensam ser celebridades numa terra onde a merda de um boi vale mais do que a população.
Alliny Araújo
Jornalista por amor
23 de julho de 2013
Para as fãs do Luan, com carinho #sqn
Primeiramente
não era minha intenção ter que voltar no assunto Luan Santana. Desperdiçar mais
linhas e espaço no meu blog com algo de tão pequena relevância. Mas
considerando o susto que tomei ao entrar no twitter semana passada, faz-se
necessário uma resposta. Até porque, além de todas as ameaças de morte (de
certo as fãs vão envenenar meu toddynho), os insultos que recebi quanto
profissional (que vieram recheados de erros de português) e a fúria das Talifãs
(como nomeou bem Bruno Mazzeo), ainda fui obrigada a ler que sou mal amada e mal comida. Mal comida não! Isso é inadmissível para uma quase ninfomaníaca. Pois bem, vamos lá.
Em
primeiro lugar, Luan Santana não faz diferença nenhuma na minha vida. Como
diria a minha avó, ele não fede, nem cheira pra mim. Resolvi falar sobre ele,
porque me cansa esse fanatismo e minha percepção e inteligência me dizem que a
forma com que trata as fãs é muito estranha, e sim, parece que é “nojinho”. E
em todo texto isso ficou bem claro. É a minha opinião sobre a conduta dele e
ninguém tem o direito de dizer que a minha opinião está errada, porque ela é
minha e por isso intransferível. Aliás, direito até tem. Cada um se manifesta
da forma que quiser. Mas sem agressões, porque no meu texto, eu não agredi ninguém,
nem usei palavras de baixo calão como tive que suportar no twitter. Até porque
falei apenas sobre isso. Nem gosto de música sertaneja, mas não critiquei.
Porque gosto, cada um tem o seu. Aquele que merece. E ah, fãs, please, merece
se escreve com c e não com ç ok. Os xingamentos eu até aguento, mas assassinar
a língua portuguesa como vocês fizeram, dói demais.
Continuo
acreditando no amor cego, que considera o fato dele ter criado a “Garota
Chocolate” como prova de que se importa com as fãs. Meus amores, vocês deviam
ter mais senso crítico e mais noção do que é a mídia. Isso é puro marketing. Um
empresário inteligente cria um artista para estourar, para fazer algo que vai
emplacar e atingir o maior número de pessoas possível. Os trejeitos dele são pensados pra que vocês caiam de amores
pelo “Lulubs” (apelido novo do cantor que descobri nas ofensas do twitter). E
se todo dia tem uma hashtag sobre ele, é sim por agradar, mas também porque
essa nova geração anda tão alienada, que acha mais importante falar sobre um
ídolo pop, do que debater temas de cunho social.
O
mundo seria outro se vocês, fanáticas, fossem tão empenhadas assim para falar
de política, de meio ambiente, para fazer trabalhos voluntários e usarem o
tempo que têm com algo mais produtivo. Porque nesse caso, a única coisa que
vocês produzem é mais dinheiro e mais fama pro Luan. O que eu tenho contra
isso? Nada. Nem o tempo, nem o dinheiro são meus. Mas me preocupa sim, como
raça humana, ver iguais agindo como cães enfurecidos só porque alguém, que
nesse caso sou eu, disse algo contrário do que vocês acreditam. Sou eu que me
pergunto onde está o respeito e a ética nesse caso? Eu teria faltado com
a minha ética profissional se tivesse citado boatos sobre a vida dele, que não
cansam de sair na mídia e na internet, sem “provas”. Mas eu não fiz isso. Falei
apenas o que acredito e como um ser pensante, tenho o direito de enxergar além
do que a propaganda exagerada me impõe.
OBS: Não mais falarei
sobre Luan Santana. Tenho assuntos mais importantes para
debater. E como sei que o entendimento das Talifãs não é muito amplo, posso sofrer
de novo retaliação na internet. Mas
aviso logo: eu dou um boi pra não entrar numa briga, mas uma boiada para não
sair dela. E podem vir quente, babys, que eu estou fervendo!!!
Alliny Araújo – Jornalista
@Dependy
11 de abril de 2013
Vantagens de um total flex
Venho por meio desta, dizer a quem
possa interessar, que nós, os bissexuais assumidos, queremos e merecemos
respeito! Somos chamados de confusos, promíscuos, indecisos. Recusados pelos
heteros e pelos gays por não *descer do muro*. Principalmente pelos gays que
não admitem a possibilidade do livre trânsito entre a heterossexualidade e a
homossexualidade, entendendo a bissexualidade como falta de personalidade ou de
coragem para enfrentar a sociedade assumindo uma postura pura e simplesmente
gay.
Ainda somos vistos com maus olhos e
vítimas de preconceito por quase toda a sociedade, inclusive aquela que clama
por direitos a livre escolha sexual. Mas por quê? Entendam de uma vez por todas
que amamos as pessoas, suas almas e não apenas um genital imposto pela biologia
ou uma bandeira a ser carregada e defendida. Que confusão há nisso? Somos a
evolução, assim como os melhores carros rodam no álcool (masculino) e na
gasolina (feminino).
Aceitamos e vivemos a diversidade na
sua forma mais pura e da forma mais plena possível. Porque temos que aceitar um
rótulo e tomar uma decisão sem direito a mudanças? Isso não quer dizer que
vivemos como num ménage, necessitando de homens e mulheres ao mesmo tempo para
saciar nossos impulsos sexuais. Temos nossas fases gay, outras mais hetero,
algumas bi ao extremo. O que também não significa instabilidade.
Óbvio que essa sexualidade variada
complica relacionamentos duradouros, já que gostamos tanto da pegada do homem,
como da delicadeza da mulher. Um preenche o outro, mas nada impede que
encontremos alguém que sintetize as qualidades que buscamos em ambos. A essência é
entender que cada ser humano pretende ser feliz da forma que lhe for
conveniente e paga suas contas, portanto tem o direito de fazer da própria vida
e deitar na própria cama com quem tiver afim no momento.
Chega de rótulos. Não somos
embalagens, somos seres humanos, complexos, cheios de sentimentos. E como diria
Lulu Santos, consideramos justa toda forma de amor. Ou pelo menos deveríamos considerar.
Alliny
Araújo – Jornalista
@Dependy
18 de março de 2013
#odeiorodeio
Eu odeio
rodeio e por N motivos. Um deles é que não me apetece ficar rodeada de homens e
mulheres vestindo calças jeans dois números abaixo do seu indicado, xadrez por
todos os lados, bonés e fivelas que mais parecem placas de estacionamento
pendurada no cinto, botas para todos os gostos, música sertaneja para corno nenhum
botar defeito e um locutor que faz rimas grotescas. Agora o maior motivo para
que eu odeie rodeio é o uso dos animais como entretenimento.
O
ser humano, que se diz o único ser racional da Terra, tem uma mania estranha,
animalesca e selvagem de usar animais para o seu bel prazer. Nas rinhas, no
circo, nos parques, nas touradas e obviamente, nos rodeios, nos deparamos com
bichos por todos os lados, amedrontados, presos, esperando à hora de entrar em
cena e alegrar a platéia. Mas a que custo? Eles perdem a liberdade, são domesticados
de maneira duvidosa, para não dizer agressiva e em muitos desses eventos podem
perder até a vida.
Nos
rodeios em questão, bois e touros são maltratados para ficarem cada vez mais
selvagens e difíceis de serem montados. Um equipamento, que não sei o nome, é
colocado para apertar seus testículos. Por outro lado, o peão tem em sua bota
uma espora com lâminas de algum metal que fere o bicho. Ele pula não é porque
nasceu pulador, nem pra derrubar o homem em cima dele. Ele pula de dor, porque
está machucado, assustado com todas aquelas pessoas em volta dele, gritando
como bestas enfurecidas.
Se
você procurar no youtube, vai ver centenas de vídeos que mostram o que há nos
bastidores de festas milionárias como Barretos. Aqui segue o link de apenas um
deles: http://www.youtube.com/watch?v=r7_WsqBGxh8
Termino
esse texto com uma súplica: POR FAVOR, ACABEM COM OS RODEIOS, COM AS RINHAS, O
USO DE ANIMAIS EM CIRCO E PARQUES. E VOCÊ, QUE SE DIZ TÃO HUMANO, USE SUA
RACIONALIDADE PARA SER CONTRA ESSAS AGRESSÕES. NÃO ESTIMULE A VIOLÊNCIA AO
ANIMAL. PEÇA E GRITE POR MAIS RESPEITO POR AQUELES QUE NÃO TÊM VOZ.
Eu
choro agora e não tenho vergonha nenhuma de dizer isso, porque me dói ver seres
indefesos sendo usados como objetos da vontade dos homens. E a última frase que
deixo pra vocês é a mesma do vídeo: NÓS NÃO TEMOS ESSE DIREITO.
Alliny Araújo – Jornalista
@Dependy
http://www.facebook.com/araujoalliny
2 de março de 2013
BRASIL SEM CIGARRO
Diversas
campanhas são feitas rotineiramente com a intenção de mobilizar o maior número
possível de brasileiros na tentativa de fazê-los pararem de fumar. Iniciativas
louváveis, levando em consideração o número de viciados no país e os males que
essa droga causa para o organismo. Leis foram criadas para inibir o consumo de
cigarro e até fotos horrendas são expostas nos maços para tentar aterrorizar os
fumantes. (Confesso que a única que realmente não gosto é aquela que mostra o
cara brochando). Além, é claro, dos preços exorbitantes dos maços.
Mas
o que fica martelando na minha cabeça é a sensação de que campanhas e leis
nesse sentido pouco adiantam de fato. Mas por quê? Pensando a respeito dessa
pergunta, como fumante sem vergonha que sou (aqueles que só pitam quando
bebem), cheguei a algumas conclusões. Primeiro que a bebida alcóolica
praticamente pede um cigarro. É quase impossível, depois de alguns goles, não
querer fumar. Portanto é preciso tirar do imaginário das pessoas,
principalmente dos jovens, essa cena que mistura diversão e amigos, a bebida e
cigarro, para não citar outras drogas.
Segundo
que boas prosas também ficam mais interessantes quando existe aquela fumacinha
de nicotina queimada pairando no ar. Não sei por que isso acontece, mas o fato
é que quando se acostuma a unir momentos agradáveis com o cigarro, vira um
hábito mais difícil de abandonar do que a própria química que gera abstinência.
Outro
ponto é o fato de o cigarro ter se tornado uma boa desculpa para dar aquela
descansadinha. Sem fumar, você não pode simplesmente parar um trabalho, ir para
um local mais tranquilo e ficar por lá, à toa, por cinco minutos, por exemplo.
Fumando pode, porque fumar é um verbo de ação, quer dizer que você está fazendo
algo, ocupando seu tempo, e não está ocioso.
Além
disso, o cigarro também é uma companhia. Se você é visto sozinho, sentado em um
banco, pode passar a sensação de solidão. Mas se está com um cigarro aceso nos
dedos, automaticamente essa sensação muda, pros outros e para você mesmo, que
também enxerga o cigarro como um companheiro, que te ajuda, desde a afogar as
mágoas ou simplesmente a passar o tempo.
Por
todos esses motivos é que acredito que a principal mudança que deve acontecer
na cabeça dos fumantes é o modo de ver e de colocar o cigarro no contexto da
vida. Enquanto fumar for uma válvula de escape, como quase todas as drogas, vai
ser difícil amenizar o vício e os males causados pelo fumo. É preciso acima de
tudo, descobrir motivos de prazer que supram a
necessidade que as pessoas têm de se entupir de substâncias que fazem mal.
Esse
desejo mórbido de autodestruição talvez só seja combatido com campanhas em prol
da vida. Quem sabe essa simples mudança de pensamento, ao invés de ser contra
algo, ser a favor, ajude a fazer com que as pessoas prefiram a saúde. É
importante, no meu modo de ver, colocar positividade em tudo que se faz, para
que as coisas fiquem mais leves e mais fáceis de lidar, mudar ou mesmo manter.
Por isso eu sou super a favor de uma nova campanha. BRASIL COM SAÚDE, porque a
palavra “sem” gera a sensação de que estamos perdendo algo. E “com” quer dizer
que estamos ganhando. Eu prefiro ganhar a perder. E você?
Alliny Araújo – Jornalista
http://www.facebook.com/araujoalliny
@Dependy
16 de fevereiro de 2013
GAYS HOMOFÓBICOS???
Geralmente
fico me policiando para não falar apenas sobre homossexualidade e os
preconceitos que ainda sofremos da sociedade. Mas preciso falar sobre o pior
tipo de preconceito que existe nesse sentido: o de gays contra gays. E pra
ancorar o texto, ouvi de um amigo uma história que me deixou chocada. Ele foi humilhado
e agredido verbalmente por um casal de amigos gays só porque beijou um cara em
uma festa.
Daí
eu fico me perguntando: Como é que gays podem ser contra manifestações de
carinhos entre iguais? E o que é pior, como podem se sentir no direito de
esculachar quem tem coragem de se assumir? Em minha opinião, esses sim deveriam
sentir vergonha de se esconder atrás da máscara da hipocrisia, por causa de uma
sociedade que não os aceita. E nesse momento surge outra pergunta: é a
sociedade mesmo que não os aceita, ou o problema é no buraco, que fica bem mais
embaixo?
Confesso
que em momentos assim me sinto envergonhada de fazer parte de uma classe ainda
tão desunida. E não entra na minha cabeça comportamentos desse tipo. Quer ser
enrustido? Que seja, mas não fique aí atrapalhando a felicidade de quem não tem
motivos para se camuflar, ou assumir papéis inexistentes. Até porque, nem a lei
proíbe exposição homo afetiva, onde quer que seja. E se não é contra a lei, meu
amigo, é porque não prejudica ninguém.
Bandido
é que tem que se entocar e fazer coisas por debaixo do pano. E se você que é
gay não é assumido, por qualquer motivo que seja, pra mim você está se
igualando a esses mesmos bandidos. Está dizendo pra sociedade, com o seu
comportamento, que ser gay é errado, que é algo pra ser vivido só quando não
tem ninguém olhando. E eu sinto nojo de você, porque no seu egoísmo, prejudica
uma classe inteira que pretende ser feliz sendo quem é e faz por onde,
mostrando ao mundo que somos normais.
No
mais, acho que gente assim não tem mesmo que falar pro mundo que é gay, porque
gay, como a tradução da palavra em inglês, é feliz, rosa, roxo, cheio de
purpurina que é pra brilhar e aparecer por onde quer que vá. É arco-íris, meu
bem, cores que o mundinho dos enrustidos deve desconhecer por ser cinza, marrom
ou beginho.
POR
FIM, EU TENHO MUITO ORGULHO DE SER GAY E OS INCOMODADOS QUE SE RETIREM. Alt+F4
é serventia da casa.
Alliny
Araújo - Jornalista
http://www.facebook.com/araujoalliny
@Dependy
alliny_araujo@hotmail.com
2 de fevereiro de 2013
Mais sobre Incoerência
OBS: fiz esse texto há algum tempo, quando a boate gay foi aberta. Mas como nunca vejo travestis frequentando o local, acho que ainda deve ser proibida a entrada deles. Por isso, pela indignação, pelo pedido de respeito ao ser humano, esse texto vale ser republicado.
No
fim de semana passado abriu uma nova boate gay em Uberaba. Uma estrutura ótima,
com um ambiente bem decorado, bonito, fino, um som muito bom e gente bonita.
Nós gays merecemos um lugar assim pra dançar, ver gente, beber, sorrir, enfim,
nos divertir. Mas antes que você pense que esse texto é um jabá, um release, ou algo do tipo, já adianto que
o motivo para falar sobre a boate é que Nem que a Vaca Tussa
vou ficar calada diante do fato deles estarem proibindo travestis de
frequentarem o lugar.
É
amigo, você não leu errado. Em um lugar onde o foco é o público gay, travestis
são barrados na porta, proibidos de entrar e usufruir de tudo que já mencionei
acima. Agora eu me pergunto: Por quê? Quem ali dentro, ou de fora, ou em
qualquer lugar da sociedade tem moral ou direito de vetar a liberdade de ir e
vir de qualquer ser humano? Pior, quem é o GAY sem noção nenhuma de civilidade
que tem a coragem de humilhar uma camada social que já luta tanto pra ser
aceita, sabendo, como gay que é, o quanto é difícil viver nessa sociedade
preconceituosa?
Eu
fico por entender uma coisa dessas e não dá pra engolir atitudes assim. Eu
queria muito poder dizer que finalmente Uberaba tem um lugar onde dá gosto de
ir, mas, infelizmente, as notícias não são tão boas assim. Acho que já é hora
de os travestis se revoltarem e lutarem para que seus direitos sejam
reconhecidos. E se orgulharem de terem mais coragem do que muita bicha que fica
por aí se achando superior e no fundo morre de vontade de ter um belo par de
peitos, uma bunda empinada e dura e um super cabelo para arrasar na pixxxxxta.
Travestis,
vocês tem o meu apoio e fiquem sabendo que não só o meu. Muitos gays, lésbicas
e afins estão indignados com essa atitude idiota por parte dos donos e/ou
organizadores da boate. Deve ser invejinha da beleza de vocês que chama muito a
atenção por onde quer que passem. Mas independente de qualquer coisa, já passou
da hora, digo e repito sempre que for preciso, de termos mais respeito pelo ser
humano. E é lamentável ver desrespeito em locais onde devia imperar a
liberdade: de expressão, do ser, do vestir, sentir, agir e viver. E acima de
tudo, a liberdade para ser feliz.
No
fundo, somos todos iguais nas diferenças.
18 de janeiro de 2013
Império da Desigualdade e do Caos
Segundo o
filósofo Eurípides, os pobres são danosos, propensos à inveja e seduzidos pelos
discursos dos demagogos. Para Aristóteles, há indivíduos tão inferiores a
outros que o emprego da força física é o melhor que deles se obtém. Na Bíblia,
a miséria existe para contrapor o egoísmo e a ambição e o que há de
preconceituoso nessas visões é o que muitas vezes influencia, nos dias de hoje,
a visão capitalista da desigualdade social. Mas como podemos diferenciar seres humanos,
se todos têm polegar opositor e telencéfalo altamente desenvolvido? Quem
escolheu, lá nos primórdios, quais seriam ricos e os que deveriam acatar o
fardo de ser miserável?
É
óbvio constatar, a partir disso, que o que realmente nos torna pessoas de classes
sociais distintas é a quantidade de cifras da nossa conta no banco (se existir
uma conta) e não a capacidade de buscar melhorar o mundo, nem que seja o nosso.
Como diria Rousseau, acatamos as cercas de um terreno e reconhecemos seu dono por
não termos nos rebelado, naqueles mesmos primórdios e reconhecido que os frutos
são de todos e a terra não pertence a ninguém, muito menos ao dono dos porcos.
Infelizmente,
somos altamente influenciáveis e passíveis de crenças e ideologias criadas por
quem quer dominar a sociedade e reconhece as suas habilidades de persuasão,
usando-as com maestria. A pobreza, em algumas religiões, é uma dádiva.
Alcançarão os céus àqueles que forem humildes na Terra. Para a economia, é um
problema que os políticos não querem sanar, pois quanto mais indivíduos sem as
mínimas condições de ter consciência crítica, mais fácil será a manipulação das
massas e, por conseguinte, a imposição de salários ridículos, ainda com certa
aprovação ou um conformismo vantajoso.
Isso explica o motivo da renda mundial
ser tão concentrada e a maioria da população aceitar tais fatos, sem qualquer
reação. Eike Batista perdeu esses dias 2 bilhões de sua fortuna na bolsa de
valores e sabe o que aconteceu? Nada. Não fez nem cócegas. Dinheiro tem para
jogar fora e junto com ele existem mais alguns bilionários pelo mundo, enquanto
a maioria da população sobrevive com migalhas.
Ainda por cima somos moldados a
acreditar que a culpa da pobreza é nossa, que não estudamos o suficiente para
“subir na vida”, não trabalhamos o tanto que deveríamos, ou quem sabe recebemos
um fardo divino que devemos carregar sem maiores reclamações. E assim nos
tornamos cada vez mais passivos e controlados facilmente pelo sistema. Até
porque, humildade na boca de muitos é uma dádiva e dinheiro não traz
felicidade. Realmente não acredito que traga em sua essência, mas sentir fome,
frio, ter mais contas do que se pode pagar ou estar desempregado, não dá nem
espaço para alegria entrar na vida de alguém.
Infelizmente não passamos de engrenagens
baratas de uma sociedade injusta e imoral, que é capaz de colocar seres-humanos
se alimentando de lixo, enquanto toneladas de alimentos se perdem, simplesmente
porque eles não têm nenhum dinheiro ou um dono que os alimente. E continuamos
de braços cruzados, vendo as ilegalidades empregarem nossos filhos, o medo
apavorando nossas vidas e os burgueses rindo da nossa alienação atrás de seus
seguranças e carros blindados, para não serem atingidos pela massa pobre, sem
oportunidade e sem nenhum motivo para se ter respeito pelo ser humano.
Alliny Araújo
@Dependy
www.facebook.com/araujoalliny
13 de janeiro de 2013
MONOGAMIA: FIEL AMOR OU UM CONCEITO CULTURAL?
Segundo o dicionário Houaiss, monogamia significa: regime
ou costume em que é imposto ao homem ou à mulher ter apenas um cônjuge,
enquanto se mantiver vigente o seu casamento. Leia-se bem: IMPOSTO! Se essa palavra
significasse alguma coisa boa, não era atribuída aquela quantidade descomunal
de dinheiro que o governo nos arranca, simplesmente usando-a como desculpa e a
frente das siglas.
Já a poligamia, segundo o
dicionário enciclopédico SAV (sexo, amor e vida), veio com a dissolução da
grandeza humana, com a vitória dos instintos sobre o espírito, do homem animal
sobre o espiritual e todos durante algum tempo ou quase sempre vivem na
poligamia. Leia-se bem: TODOS. Essa palavra já exclui a possibilidade de tirar
você dessa. Não crie falsas esperanças.
Não preciso nem ressaltar que concordo
com as fontes, além de adorar quando os instintos ultrapassam o teórico e qualquer
tipo de raciocínio inútil, que serve apenas para nos deixarem traumatizados,
com a libido afetada e com o desejo sexual de um monge. Com certeza, os animais
que existem em nós deveriam reinar nessa selva de desejos carnais por mais tempo.
E por que não por todo o tempo?
Aliás, ser fiel é um conflito
interno que flutua entre o pecado ou a realização de vontades incontroláveis.
Quantas vezes nos frustramos por ter cedido às “tentações” ou por não ter
vivido o que num determinado momento mexeu com a nossa mente insana? Mas,
enfim, você já se perguntou se a sua fidelidade ou não, advém de um suposto amor
ou é um conceito cultural imposto pelos demagogos da sociedade e que nos vemos
obrigados a seguir?
Ah, seres
humanos bestiais e hipócritas, aprendam a diferenciar carnes e sentimentos e
deixem os fluidos fluírem. A tal felicidade tão sonhada será com certeza vivida
se você for livre de convenções e libertar o que a sua raça de homem bicho não
nega. Ainda temos, na poligamia, a opção de dar chifres em troca. Dizem que
troca-troca faz um bem e que chifre trocado não dói. Além do que, acho de um
mau gosto tremendo desperdiçar namoros por eventuais puladas de cerca.
TODOS estão
fadados a cometer esses “deslizes”, lembra? Na verdade, nem deslizes são
considerando que na minha extensa estatística de rodas “butecais”, de amigos
loucos e filósofos, todos traem, ou trairão, ou já foram traídos. Não existe exceção
para essa regra, nem se iluda achando que você pode vir a ser uma! Portanto
pessoas, para que se importar com ereções, secreções ou beijos ensandecidos em
outro alguém, se no fim das contas é com você que ele vai ao cinema aos
domingos, paga a pipoca e diz que te ama?
Estranho é
pensar no porque as pessoas acham que alguma coisa deve estar errada na relação
para a outra procurar se satisfazer em outros braços. Há tantos braços
disponíveis que seria um pecado e um desperdício se restringir aos dois que se tem
disponível ou esperar que os defeitos se sobressaiam para usar uma desculpa
convincente. Além de hipócrita, considero de um mau-caratismo tremendo tal
prática. Nisso, pelo menos os homens são mais verdadeiros. Assumem a
necessidade de sexo e ponto. Atribuem tudo a condição de macho e não tem que
ficar explicando suas inúmeras galhadas postas nas mulherzinhas que os seguem.
E por falar em
pecado, piora quando religião se intromete nesses assuntos puramente carnais.
Dizem os crentes que devemos ficar em vigília, tapando os olhos para as
delícias do mundo, buscando entrar num céu que nem se sabe se existe. Quer
dizer que se eu não tiver vocação para me vigiar, estou fadada ao inferno? E
porque Deus faria a carne fraca se não fosse justamente para cedermos aos
nossos desejos? A menos que Ele seja um fanfarrão, sem alusão ao nosso querido
capitão, que inclusive rimou, mas não foi essa a intenção, é logicamente porque
necessitamos de carnes diferenciadas, sejam elas fracas ou não.
Acho que sendo fiel a você
mesmo, pode-se muito bem trair ao outro, desde que se tenha a concepção de que
monogamia é uma besteira. O importante é não seguir pré-conceitos e sim sua
racionalidade humana para não ser manipulado por meios sociais. Nada como uma
bela trepada para amadurecer os genitais e os pensamentos a cerca do tema. E no
fundo todo mundo está careca de saber sobre essas baboseiras todas, mesmo que
por motivos quaisquer não assuma.
Eu me recuso a admitir essa
sujeira envolta de algo prazeroso, normal e altamente saudável. Abaixo a
cultura da monogamia e a castração dos instintos. Por fim, devo ressaltar: um viva
a hipocrisia e os homens pseudo-fiéis, que comem suas esposas sonhando com
rabos de saias curtas e decotes umbilicais e outro viva as mulheres que dão
para os maridos se concentrando nas rachaduras do teto, ou sonhando com algo
bem menos monótono.
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