26 de fevereiro de 2007

MUDANÇA DE OPINIÃO


Estava cá eu, sentada em frente ao meu computador, "folheando" o observatório da imprensa, quando me deparo com a matéria chamada "A cadeia não substitui a escola", que fala sobre as entrelinhas do caso do menino João Hélio Fernandes, que chocou a opinião pública pela frieza dos assaltantes e principalmente pela pouca idade dos mesmos. Confesso que antes de lê-la tinha a plena convicção que se deveria reformular o código penal brasileiro e punir os menores infratores como maiores. Mas a máteria fez renascer em mim as idéias que já tinha quanto a raiz do problema e me fez notar o quão estúpida estava sendo em achar que punindo meninos de 16 anos, resolveria parte dos nossos problemas com a violência. Pelo contrário, iria piorar o que já está um caos. Concordo com as idéias do escritor da matéria, Deonísio da Silva, que frisa a importância da educação, tanto escolar, como familiar e carcerária. Punimos os infratores e fechamos os olhos para o problema político. Como podemos querer que um cidadão sem direitos básicos respeitados, sem o mínimo para sobreviver nessa selva de pedra, seja um homem de bem, sem causar maiores intercorrências sociais? Alguém que aprendeu na base da porrada, vai bater para se proteger. Esses infratores, no fundo só devolvem a sociedade o que ela dá todos os dias. Ela os despreza, os trata como animais e querem que eles tenham pelo menos compaixão em seus crimes. E desde quando a sociedade sabe o que é compaixão com o ser humano? Claro que isso não diminui a atrocidade feita na morte desse menino e nem o fato que devem ser punidos rigidamente, mas de que adianta jogá-los numa cela onde aprenderão a fazerem atrocidades piores que essas? Há sim que mudarmos radicalmente nosso sistema educacional e a forma como vemos os pobres desse país, para não termos que cada vez mais, jogarmos as crianças nas mãos de meliantes graduados em crime, para fazer delas o pior que podem ser. Por fim, acho que as pessoas deveriam ter mais acesso a esse tipo de jornalismo, formador de opinião positiva e pessoas críticas, que sabem discenir de quem é a culpa inicial de tudo e não apenas vomitar a notícia na cara dos leitores sem o menor senso crítico, querendo incitar a indignação dos mesmos e no fundo buscando apenas o lucro das vendas sensacionalistas.

23 de fevereiro de 2007

LINGUAGEM CORPORAL


Aula 3 - 16.02.07
No início da aula o professor André nos indicou o livro O corpo fala do escritor Pierre Weis. Depois nos disse que segundo estudos, a maioria das coisas que dizemos é mentira, mas os gestos falam sempre a verdade. O pé focaliza o centro da nossa atenção, tipo, se o meu pé está virado pra porta pode significar que eu queira ir embora. Os braços cruzados são uma forma de proteção. O cotovelo também é uma forma que usamos para transparecer que precisamos nos proteger de algo ou alguém. As mulheres se protegem com as bolsas, colocando-as no colo, ou com alguma almofada. Os homens também podem se utilizar de pastas e almofadas para se proteger. André nos disse que mentir gasta muita energia e por isso quando mentimos suamos frio, há um aumento da pulsação, a pessoa abaixa o tom de voz para poupar energia ou se apoia em algum lugar. Também é normal coçar o nariz quando mentimos. Os olhos simbolizam a nossa razão muito intensamente e o olhar também demonstra interesse. É importante contextualizar as regras e não segui-las a risca sempre. O que há de fermentação psicológica em nós é exposto pelos gestos. Se você está triste, por exemplo, tende a abaixar a cabeça. Perceber essa comunicação gestual é importante para não deixar de comunicar ou comunicar errado com o corpo. As roupas também são meios de comunicação. André também nos disse que somos seres culturais e não animais e por isso beleza é um problema cultural. Tudo que é humano é invenção cultural. Nos explicou as idéias de Marshall que diz que toda tecnologia é extensão do corpo humano. O sapato seria o complemento do pé, o telefone a extensão do ouvido e voz e os computadores são a extensão do nosso sistema nervoso. Jorge Luís Borges fala que as bibliotecas são recheadas de espíritos. O escritor coloca a alma no livro e por isso acessamos o pensamento dele quando lemos o que escreveu. Finalizando a aula, André nos falou sobre os estudos que constatam que o homem se resume em três animais.
BOI - INSTINTO - ABDÔMEN (come, descansa, reproduz) - boca
LEÃO - EMOÇÃO - TÓRAX (emoção, coração) - nariz
ÁGUIA - RAZÃO - CABEÇA (racional) - olhos

15 de fevereiro de 2007

UNIVERSIDADE COMO FORMADORA DE PESQUISADORES


Aula 2 - 12.02.07


Na aula de hoje, o professor André nos disse sobre a importância da universidade como formadora de pesquisadores, englobando Paulo Freire que dizia que ler significa estudar o texto e transformá-lo em algo novo. Nos explicou que retiraram o tablado das salas de aula porque perceberam que os alunos estão no mesmo patamar do professor e não mais um nível abaixo. O ensino universitário seria uma grande sala com milhares de portas a serem desvendadas e só depende de nós correr atrás das respostas para nossas dúvidas. Depois nos mostrou a sequência de estudos que uma pessoa pode seguir, passando da graduação pelas pós-graduações, mestrados, doutorados, pós-doutorado, chegando na livre docência. Explicou as várias formas de compreender o mundo que podem ser científica, religiosa ou artística e até mesmo as três juntas, até porque uma não anula a outra. E relatou também afirmando que a ciência são apenas hipóteses, nunca é absoluta e terminou brincando com as expressões que com o tempo fomos diminuindo para "economizar" as palavras.

14 de fevereiro de 2007

INDIVÍDUOS, CÉLULAS E DEUS.



Aula 1 - 09/02/06


Na aula de hoje, o Professor André Azevedo fez uma pequena introdução sobre a linguagem corporal que será tema de estudos mais profundos posteriormente. Relatou-nos sobre a teoria dos átomos em constante movimento, das células como indivíduos que pensam, dos tecidos como outros indivíduos que formam os órgãos também considerados indivíduos e assim formando o corpo humano com milhões de indivíduos. A partir dessa teoria seríamos apenas células de um indivíduo maior, a raça humana, que por sua vez é uma célula do planeta Terra, que segundo a Teoria de Gaya é um ser vivo. A Terra seria uma célula do sistema solar, que conseqüentemente é uma célula do universo, que terminaria sendo uma célula de Deus. Concluindo, todos os indivíduos citados acima, inclusive nós somos apenas células de Deus. Após citar essa teoria, o Professor André nos falou sobre Gustav Jung, que foi um dos primeiros estudiosos da psicanálise, juntamente com Freud. Jung acreditava que nós somos uma ilha de consciência num oceano de inconsciência. Isso explicaria o fato de existirem tantos mitos, que seriam nosso inconsciente se manifestando. Seguindo essa teoria, foi criado um mito chamado Jornada do Herói que é utilizado pelos grandes cineastas de Hollywood para criar seus filmes de sucesso. O fato dos filmes utilizarem esse mito faz com que a história mostrada ative nosso inconsciente, com isso passamos a gostar do que vemos sem conseguir ao menos explicar o porque gostamos. Enfim, são apenas teorias que grandes pensadores criaram para responder tantas perguntas que insistimos em nos fazer, mas que não deixam de ter uma grande coerência.